domingo, 30 de janeiro de 2011

TRÁFICANTES BUSCAM ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA COM AS UPPs – NO COMPLEXO DO ALEMÃO ELES JÁ ARMAM BARRICADAS.



Uma operação da Polícia Civil realizada no Morro da Babilônia (Leme) Zona Sul do Rio de Janeiro, que foi ocupado pela PM e possui uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), terminou com 13 presos por tráfico de drogas. A OPERAÇÃO foi desencadeada após investigação que durou seis meses, e expedição de mandatos de prisão pela Justiça.

Entre os presos estão dois jovens de classe média, apontados como fornecedores de drogas para jovens até mesmo em festas de luxo promovidas em apart-hotel do Leblon.

A Justiça expediu 21 mandados de prisão, dos quais 13 foram cumpridos, houve uma prisão em flagrante. Um dos presos é suspeito de ter participado dos recentes ataques a ônibus na Cidade.

Os agentes iniciaram a operação por volta das 6h, e, a maioria dos suspeitos detidos ainda dormia quando foram presos no Morro da Babilônia, Pavão-Pavãozinho (Copacabana), em Botafogo, no apart-hotel do Leblon e na Cruzada São Sebastião.

Segundo a Delegada Monique Vidal “O tráfico existe nas comunidades pacificadas. É mais fraco, mais pobre, sem uso de armas. Mas tanto é tráfico que os mandados de prisão são por esse crime”.

Fica evidente que o tráfico está à procura de um espaço para continuar agindo nas áreas ocupadas pela Polícia e pelo Estado. Nem bem a quantidade de UPPs alcançou o número desejado, e, as ações complementares foram plenamente colocadas em prática pelo Estado, levando cidadania, serviços e ordem as comunidades, e já estamos diante de outro desafio, permitir que o tráfico continue, embora sem poder de fogo, presente, e, conseqüentemente aliciando os jovens e oferecendo perigo.

No Complexo do Alemão, a situação é ainda mais grave. Lá, a quantidade de traficantes conhecidos da população local, mas, sem ficha criminal, e, portanto, não passíveis de serem detidos é grande. Eles ainda ameaçam, mantém o tráfico ativo, escondem armas que não foram encontradas pela Polícia ou Exército, e a conta gotas estão acertando “contas” com quem acham que os denunciaram. O efetivo policial-militar no local, embora grande, não é capaz de exercer o controle necessário. Segundo matéria de um jornal paulista, os traficantes estão voltando e até montando barricadas.

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