terça-feira, 17 de junho de 2025

Coisas que acontecem num certo país infeliz. Por Pedro Cafardo


Coisas que acontecem num certo país infeliz. Por Pedro Cafardo

10/06/2025 - Atualizado há uma semana

Num certo país infeliz, espalha-se um enorme pessimismo sobre a economia e, aparentemente, resultados bastante positivos para a vida real de pobres e ricos são quase ignorados nas análises.

O debate econômico se dá basicamente em torno de problemas fiscais, que podem ter impacto nos próximos anos, mas não afetam hoje o humor e o dia a dia das pessoas

Nesse país infeliz, argumenta-se que a inflação está incontrolável, mas ela atingiu em média 4,73% ao ano nos dois últimos anos. Nos quatro anos anteriores, havia alcançado 6,17% ao ano. E a inflação média atual está abaixo da média dos últimos trinta anos (6,5% ao ano), desde que foi criada a atual moeda em circulação.

Nesse país, propala-se que o descontentamento advém das classes mais pobres, que estariam sendo fulminadas por uma inusual inflação dos produtos alimentícios. Mas os alimentos subiram 8% no ano passado, menos que a renda das famílias em geral, que cresceu 10%, e muito menos que a renda das famílias mais pobres, que aumentou 19%.

Nesse país mal-humorado, a taxa de desemprego vem recuando e estava em 6,6% da força de trabalho no primeiro trimestre, em nível próximo do mais baixo da série histórica para o período. A previsão atual é de que caia para 5,9% até dezembro. 

A informalidade no trabalho recuou para 37,9%, taxa situada entre as menores da série histórica iniciada em 2015.

A desigualdade de renda nesse país infeliz, medida pelo Índice de Gini, foi a mais baixa da história no ano passado. E a renda per capita domiciliar mensal, a maior desde o início da série histórica, em 2012.

Nesse país, segundo o Relatório das Nações Unidas sobre Estado de Insegurança Alimentar no Mundo, o número de pessoas em situação de fome diminuiu de 17,2 milhões em 2022 para 2,5 milhões em 2023. Portanto, cerca de 14,7 milhões de pessoas deixaram de passar fome de um ano para outro nesse país infeliz.

O PIB desse país surpreendeu novamente os pessimistas e cresceu 1,4% no primeiro trimestre, índice superior ao dos países da OCDE e do G7 – ambos os grupos avançaram minguado 0,1%. O crescimento se dá a despeito da imposição de uma assombrosa taxa básica de juros, de 14,75% ao ano, nove pontos percentuais acima da inflação, que desincentiva investimentos.

Essas surpresas do PIB ocorrem desde 2020 nesse país infeliz, quando se projetava recessão de 6,5% e ela foi de 3,3%. Em 2021, a expansão prevista era de 3,4% e a efetivada foi 4,8%. Em 2022, estimava-se 0,3% e deu 3%. Em 2023, o esperado era 1,4% e deu 2,9%. Em 2024, previa-se 1,6% e deu 3,4%.

Nesse país, observa-se que os empresários estariam insatisfeitos, mas os lucros das empresas no primeiro trimestre foram excepcionais e superaram as expectativas do mercado. O lucro líquido das 387 companhias abertas não financeiras subiu 30,3% no trimestre, para R$ 57 bilhões, e as receitas cresceram 13,9%, para R$ 976,7 bilhões.

Na área financeira, os lucros dos quatro maiores bancos no primeiro trimestre cresceram em média 7,3% e somaram R$ 28,2 bilhões. Um bancão aumentou seu resultado em 39% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Nesse país pessimista, atingido há décadas pelo vírus da desindustrialização, a indústria voltou a crescer: 3,1% no ano passado. Em março, avançou 1,2% sobre fevereiro e 3,1% sobre março de 2024.

Por que, afinal, a bruma pessimista continua a embaçar toda a economia desse país infeliz? Se prevalecesse a “lei Carville” (É a economia, estúpido!), cunhada na campanha presidencial de Bill Clinton, em 1992, essa neblina não faria sentido.

Resumindo: nesse país infeliz, a inflação está abaixo da média nacional dos últimos 30 anos; a renda dos mais pobres cresce mais que a inflação de alimentos, principal item de consumo nessa faixa de rendimento; o nível de desemprego é o mais baixo da história; o número de pessoas em situação de fome caiu 85% em um ano; a desigualdade de renda é a mais baixa da história, e a renda per capita, a mais alta; o crescimento da produção surpreende positivamente há cinco anos; a safra de alimentos bate recorde; o lucro das empresas financeiras e não financeiras aumenta muito mais que a inflação; a bolsa de valores quebra recordes e rentistas/investidores das classes média e alta ampliam seus patrimônios com os juros de dois dígitos.

Nesse país infeliz, um partido de oposição pôs no ar uma peça publicitária engraçadinha dizendo ter saudade de um ex-presidente porque está tudo “caro”, fazendo rima com o nome do ex. Mas, nos quatro anos desse governo “saudoso”, a inflação média anual foi de 6,17%, índice bem maior que o dos dois primeiros anos do governo atual desse país (4,73%). Os alimentos estariam subindo mais, argumenta-se. Falso. Nos quatro anos “saudosos”, os alimentos subiram em média 8,24% ao ano. Nos dois do atual mandato, 4,36% ao ano.

A peça publicitária foi contestada? Que se saiba, não. O debate econômico se dá basicamente em torno de problemas fiscais, que podem ter impacto nos próximos anos, mas não afetam hoje o humor e o dia a dia das pessoas. Ou esse país infeliz tem graves falhas na comunicação ou talvez sua infelicidade e seu pessimismo não venham da economia, estúpido.

Artigo publicado originalmente no Valor Econômico.

segunda-feira, 9 de junho de 2025

ACORDO DO IOF - HADDAD E CONGRESSISTAS CHEGAM A ACORDO -- ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS E BETS

O Ministro Fernando Haddad e os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), falaram a jornalistas após a reunião com parlamentares na residência oficial da Câmara, em Brasília. Participaram do encontro os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Omar Aziz (PSD-AM), Cid Gomes (PSB-CE) e Efraim Filho (União-PB), além dos deputados federais José Guimarães (PT-CE), Isnaldo Bulhôes (MDB-AL), Pedro Lucas (UB-MA), Antônio Brito (PSD-BA), Doutor Luizinho (PP-RJ) e Gilberto Abramo (Republicanos-MG). Junto com Haddad, foi a ministra Gleisi Hoffmann, de Relações Institucionais

==================================================================


==================================================================


O Congresso e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após reunião na tarde/noite de ontem, anunciaram que chegaram a um acordo considerado "histórico".

A série de medidas previstas ainda serão detalhadas, mas ficou acertado que servirão de alternativa à alta do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) como inicialmente propostas pelo governo e, sofreu forte resistência dos chamados "mercados" e de parlamentares, que ameaçavam derrubar o decreto.

Segundo Fernando Haddad, afirmou na saída do encontro, as alíquotas do IOF serão "recalibradas".

ISENÇÕES FISCAIS - BETs - TÍTULOS DE RENDA FIXA

A maior parte da perda de arrecadação com as mudanças no IOF serão compensadas com aumento de 12% para 18%, na tributação das empresas de jogos online, (BETs) cobrança de títulos de RENDA FIXA, hoje isentos de impostos e, a revisão em 10% das isenções fiscais que não estão previstas na Constituição.

Opinião: Vejamos se a oposição não vai conseguir melar o acordo.

SAIBA MAIS SOBRE O TEMA

1 - AQUI !

2 -  AQUI !


sexta-feira, 6 de junho de 2025

quinta-feira, 6 de março de 2025

CONVOCADOS POR DORIVAL JUNIOR - SELEFLA - FLAMENGO TEM QUATRO CONVOCADOS !

CONFIRA A LISTA DE CONVOCADOS PARA AS PARTIDAS DAS ELIMINATÓRIAS DA COPA DO MUNDO CONTRA COLOMBIA E ARGENTINA.


O técnico Dorival Junior convocou, nesta quinta-feira, os 23 jogadores que vão representar a seleção brasileira nos jogos contra Colômbia e Argentina, dias 20 e 25 de março, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. O grande destaque, além do retorno de Neymar, foi o domínio do Flamengo na lista: com quatro selecionados, foi a equipe com o maior número.


Confira a lista dos convocados para a seleção brasileira

Goleiros

  • Alisson - Liverpool (ING)
  • Bento - Al-Nassr (SAU)
  • Ederson - Manchester City (ING)

Zagueiros

  • Danilo - Flamengo
  • Gabriel Magalhães - Arsenal (ING)
  • Léo Ortiz - Flamengo
  • Marquinhos - Paris Saint-Germain (FRA)
  • Murillo - Nottingham Forest (ING)

Laterais

  • Guilherme Arana - Atlético-MG
  • Vanderson - Monaco (FRA)
  • Wesley - Flamengo

Meias

  • André - Wolverhampton (ING)
  • Bruno Guimarães - Newcastle (ING)
  • Gerson - Flamengo
  • Joelinton - Newcastle (ING)
  • Matheus Cunha - Wolverhampton (ING)
  • Neymar Jr. - Santos

Atacantes

  • Estevão - Palmeiras
  • João Pedro - Brighton (ING)
  • Raphinha - Barcelona (ESP)
  • Rodrygo - Real Madrid (ESP)
  • Savinho - Manchester City (ING)
  • Vinicius Jr. - Real Madrid (ESP)

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

VIOLÊNCIA EXPLODE NOS ESTADOS UNIDOS ! ATENTADO + TIROTEIO + MULHER QUEIMADA -- VIOLENCE EXPLODES IN THE UNITED STATES! ATTACK + SHOOTING + BURNED WOMAN

Fala-se muito na VIOLÊNCIA no Brasil.

Porém, os Estados Unidos também é um pais muito violento, e injusto.

As causas de tanta violência podem até variar, mas, sendo certo que existe uma diferença enorme entre a estrutura das POLÍCIAS de lá e daqui do Brasil, isso mostra que, a violência é sempre profundamente danosa e cruel, não existindo quem a consiga controlar com apenas uso da força e das Leis.

Os lugares menos violentos do mundo são onde existe EDUCAÇÃO, SAÚDE, OPORTUNIDADE E REDUZIDA DIFERENÇA DE DESIGUALDADE SOCIAL.

LEIA + AQUI !


Tiroteio em Nova York deixa dez feridos, e EUA começam ano em clima de violência

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

BLOQUEIO DE EMENDAS FECHA TORNEIRAS - R$ 6,9 BILHÕES NÃO PODEM MAIS SER PAGOS A DEPUTADOS E SENADORES


RECURSO BILIONÁRIO QUE ESCORRERIA PELO RALO DOS GASTOS SEM CONTROLE E "SEM IDENTIFICAÇÃO" VÃO AUMENTAR OS RECURSOS DO TESOURO.

AÇÃO DO MINISTRO FLÁVIO DINO ESTÁ EM CONFORMIDADE COM A LEI. DEPUTADOS E SENADORES NÃO PODEM CONTINUAR A TER O VOLUME DE DINHEIRO DO ORÇAMENTO QUE CONTROLAM E QUEREM GASTAR SEM PRESTAR CONTAS.

========================================================================

========================================================================

CLIQUE NO LINK PARA LER

Emendas bloqueadas por Dino não poderão ser empenhadas em 2025 e valor poderá reduzir déficit do governo

As Matérias mais lidas da SEMANA

Postagens mais visitadas