A Corregedoria Geral Unificada (CGU) está investigando a atuação de quarenta e dois policiais militares e oito policiais civis, envolvidos em denúncias de furto, extorsão e outras transgressões disciplinares no Complexo do Alemão, ocupado desde novembro do ano passado. Segundo a CGU, o órgão encontra dificuldades para apurar, porque grande parte das denúncias é incompleta, com dados insuficientes sobre os suspeitos.
A Corregedoria Interna da PM também recebeu em seu posto móvel na comunidade várias denúncias. Segundo a PM, foi instaurado apenas um inquérito contra quatro policiais do 7º BPM (Alcântara) acusados de saquear o apartamento de um morador na Estrada do Itararé. Já o Exército só recebeu reclamações contra atitudes de soldados, mas nada foi confirmado.
Segundo o Secretário de Segurança Pública, Delegado José Mariano Beltrame, todas as denúncias com um mínimo de coerência serão investigadas.
CRIMINOSOS AINDA ESTÃO NA COMUNIDADE.
Cercados de cuidados para não serem identificados, moradores reclamam que o número de Policiais Militares e soldados da Força Militar de Ocupação no Alemão e no Complexo da Penha foram reduzidos, e afirmam que ainda há bandidos nas favelas. O patrulhamento do Exército é criticado por não ser feito com freqüência na parte alta das favelas. Segundo os moradores, os traficantes não são reconhecidos pelos soldados.
Através do Relações públicas da Força de Pacificação, major do Exército Fabiano Carvalho o Exército disse que o efetivo diário é de aproximadamente 1.300 militares, com a tropa distribuída pelas comunidades. Segundo a reportagem do Jornal, o major Fabiano Carvalho “admite que ainda há bandidos nas comunidades e que eles causam apreensão entre moradores. “O oficial ressalta o fato de muitos não terem passagens pela polícia”.
A Polícia Civil trabalha com a informação de que um traficante que se escondeu no Morro do Fallet, em Santa Teresa, teria voltado ao Complexo do Alemão com afunção determinada pela facção que controlava a área, de reorganizar as bocas e dar ordens a bandidos que ficaram. A Divisão de Homicídios investiga 3 assassinatos na Vila Cruzeiro por represália do tráfico, segundo está sendo apurado, em um dos casos mais violentos, Maria dos Santos, 47, foi assassinada a pauladas por ter saqueado a casa de um bandido.
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