MÉIER VIOLENTO, ESCURO E ABANDONADO - O local do crime em foto de A. Brum /O Dia - Não se enxerga absolutamente nada.
Willian da Silva Castro, médico, 54 anos. Mais um cidadão brasileiro e carioca que entra para as estatísticas de mortes violentas, decorrentes de assalto seguido de morte.
O local do fato foi a Avenida Marechal Rondon, via que liga o Méier, passando por Engenho Novo, Rocha, Sampaio, Riachuelo até São Francisco Xavier. A referida Avenida, extensa, mal conservada, com iluminação deficiente, ocupada por favela em sua margem ou servindo de acesso para outras na redondeza, não possuiu um esquema de policiamento eficiente e permanente, sendo dessa forma, uma área livre para a prática de arrastões e assassinatos.
Ontem à noite, por volta das 21h00 o médico Willian da Silva tentou fugir da investida de motoqueiros e de um carro que lhes dava cobertura, mas, foi atingido por um tiro na cabeça, perdendo a direção do seu veículo e se chocando contra a parede do prédio de número 1.095, quase no mesmo local onde o irmão do músico Tico Santa Cruz foi morto em 2006.
Socorrido por bombeiros, ainda com vida foi levado ao Hospital Souza Aguiar, mas não resistiu à gravidade do ferimento e faleceu.
O 3º. Batalhão de Polícia Militar não dispõe de efetivo suficiente para policiar a extensa área sob sua responsabilidade, isso é um fato incontestável, mas, diante da sucessão de ocorrências de assaltos e todo tipo de crimes naquele trecho importante de ligação, que inclui a Rua Vinte Quatro de Maio, paralela a Avenida Marechal Rondon, passagem obrigatória para quem vai ou volta de regiões como o Maracanã e Centro da Cidade, passou da hora das autoridades de segurança cuidar de fato em traçar um plano de policiamento, que inclua pontos chaves de monitoramento e acesso, além de rondas ostensivas, sem interrupção para troca de turno ou cochilos.
Hoje e amanhã, certamente, a Marechal Rondon estará com “policiamento reforçado”, mas, já no Domingo ou segunda-feira, tudo voltará à normalidade por ali, e, infelizmente a normalidade é, abandono, descaso e falta de policiamento.
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