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quinta-feira, 1 de maio de 2014

MISTÉRIO NO ASSALTO AO SÍTIO E NA MORTE DO CORONEL MALHÃES

PARA QUÊ OS LADRÕES QUERIAM UM DISCO RÍGIDO DE COMPUTADOR ?


Computador de Malhães teve disco rígido roubado
Viúva do coronel diz estar surpresa com o envolvimento do caseiro. 
JULIANA DAL PIVA

Rio - Entre os objetos roubados da casa do coronel reformado do Exército Paulo Malhães, no assalto que terminou com a morte dele no dia 24, está o disco rígido — que armazena dados — de um dos dois computadores que o militar usava. O restante da máquina continua na casa do sítio de Marapicu, em Nova Iguaçu.

Na semana passada, a Polícia Civil divulgou que dois computadores haviam sido roubados e não apenas o disco rígido de um deles. Além disso, foi possível verificar que objetos que haviam sido furtados, como um casaco azul e uma impressora, encontrados no sábado pelos investigadores, foram deixados no mesmo local. 

Com a viúva do coronel, O DIA visitou ontem a casa onde morava o militar. 
Para a polícia, a principal linha de investigação é latrocínio (roubo seguido de morte). 

Todos os cômodos da casa foram revirados durante o assalto. No quarto do casal, ainda é possível ver vestígios de sangue perto do local onde ele foi encontrado. 

O escritório e um quarto onde ele guardava filmes e documentos está com pastas e papéis espalhados por todos os cantos. Do escritório, foram furtadas três pastas de documentos.

Na segunda-feira, o Ministério Público Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa e levou documentos, agendas e outros três computadores que não haviam sido roubados pelos criminosos. O objetivo é auxiliar as investigações relacionadas às mortes e desaparecimentos na época da ditadura militar.

Em busca de mais envolvidos

A informação do sumiço do disco rígido de um dos computadores da casa de Malhães deixou o presidente da Comissão da Verdade do Rio, o advogado Wadih Damous, com a certeza de que as investigações devem continuar, apesar da confissão do caseiro Rogério Pires. “Esse fato é grave porque entra em confronto com a tese de latrocínio. É preciso descobrir as motivações do crime e se há outras pessoas envolvidas”, disse Wadih Damous.

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