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BONDeNotícias - Rio de Janeiro
Simpatia é Quase Amor completa 30 carnavais
Paulo Virgilio - Repórter da Agência Brasil - Agência Brasil - 22.02.2014
Bloco cujo crescimento se confunde com o do próprio carnaval de rua do Rio de Janeiro, o Simpatia é Quase Amor chega aos 30 anos mantendo o mesmo espírito de crítica e deboche que marcou seu primeiro desfile, no carnaval de 1985. Frases como “Não tem pão, comam brioco” e “Apagão, nunca ma...(ih, cadê a luz?)" podiam ser vistas no trio elétrico do bloco, que reuniu milhares de foliões no final da tarde de hoje (22) na orla de Ipanema, zona sul do Rio.
O desfile foi aberto com uma homenagem ao cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, morto depois de ser atingido por um rojão, quando fazia a cobertura de uma manifestação, no último dia 6. O samba-enredo deste ano é Balzaquiando o Simpatia vai passar, de autoria de Janjão, Marceu Vieira e Orlando Magrinha, e a primeira estrofe foi composta por Aldir Blanc. Os integrantes do bloco também cantaram um clássico da MPB da época da resistência ao regime militar, Eu quero botar meu bloco na rua, de Sérgio Sampaio.
À frente do trio elétrico, um painel trazia as imagens dos padrinhos Dona Zica da Mangueira e Albino Pinheiro, do humorista Bussunda (Rei Momo do Simpatia por mais de uma década) e de Aldir Blanc, inspirador do nome do bloco, tirado de um personagem de seu livro Rua dos Artistas e Arredores, Esmeraldo Simpatia é Quase Amor. A porta-estandarte, Laís Almadas, comemora neste carnaval 20 anos de desfiles à frente do bloco.