domingo, 5 de maio de 2013

HOSPITAL DE SARACURUNA - MÉDICO ALEGA PROBLEMA DE SAÚDE PARA IR AO HOSPITAL PÚBLICO, MAS...

...NÃO DEIXA DE COMPARECER AO HOSPITAL PRIVADO.


A Saúde Pública anda uma vergonha, e não é por acaso. É intencional o processo de desmonte, patrocinado pela junção de interesses econômicos fortíssimos com a disposição dos governos dos Municípios, Estados e Federal, em entregar tudo para a iniciativa privada. Em paralelo a tudo isso, ocorre que existem profissionais que de fato não possuem a menor responsabilidade e cometem crime, sim, cometem crime contra a Administração Pública, visto que, recebem e assinam ponto por plantões que não fazem. Os governantes não punem, não controlam, interessa a eles fingir que não sabem que isso é uma prática corriqueira. OS CHAMADOS "ESQUEMAS", acabam por garantir que a maioria dos médicos continuem trabalhando alguns dias, algumas horas. Com o salário que se paga e com as condições de trabalho que são oferecidas, se os governos do Estado e do Município do Rio de Janeiro exigissem de verdade a frequência integral, poucos médicos continuariam trabalhando.

Hospital agoniza com médicos que só dão plantão no papel
Eles faltam ao serviço para trabalhar em unidades privadas e ainda ganham mais por isso

POR JOÃO ANTONIO BARROS

LEIA + AQUI - Matéria de O Dia - Vinte e dois de março, 10h. Grande fila se forma diante do balcão do Hospital Adão Pereira Nunes. São pessoas pobres, a maioria moradores da periferia da Baixada Fluminense, e sem planos de saúde. Ficam até cinco horas à espera do atendimento. Os corredores da emergência estão apinhados de doentes, e macas improvisadas viram leitos no corredor. O ritmo é lento. Faltam médicos para socorrer os pacientes. O homem responsável por colocar a emergência em ordem é Paulo Décio Escobar Paiva. Mas o oftalmologista está ocupado a 38 quilômetros de Saracuruna, Duque de Caxias. Dezenove pessoas pagaram R$ 60 e são atendidas por ele na Policlínica da Santa Casa de Misericórdia, em Cascadura, Zona Norte do Rio.

Entre uma consulta e outra, Dr. Paiva fala ao celular. É do hospital. Curto e direto, avisa: “Não, não vou aí hoje, não. Estou passando mal, só vim aqui para não deixar meus pacientes na mão.” Desliga o aparelho e, parecendo buscar uma desculpa, emenda como se falasse sozinho: “Aquilo lá só me dá dor de cabeça”.

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